Trabalho infantil persiste no Brasil e Ministério Público lança campanha

No Brasil, somente na faixa etária de 5 a 17 anos, 3,7 milhões de crianças e adolescentes estavam trabalhando em 2011. A exploração de crianças é uma das formas mais perversas de violação de direitos humanos.
trabalhoinfantil-foto-joao-roberto-ripperCom o tema Trabalho infantil não é legal, o Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou uma campanha que pretende chamar a atenção e conscientizar a população sobre a situação de exploração de jovens e adolescentes no país. A iniciativa acontece para marcar o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado beste 12 de junho.
No Brasil, somente na faixa etária de 5 a 17 anos, 3,7 milhões de crianças e adolescentes estavam trabalhando em 2011, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Ao todo, estima-se que o trabalho infantil no país atinja mais de 4 milhões de crianças e adolescentes.
Para o MPT, a exploração de crianças é uma das formas mais perversas de violação de direitos humanos, pois retira delas a formação escolar, o desenvolvimento saudável e a cidadania. O órgão ainda explica que é considerado trabalho infantil toda forma de prestação de serviço por menores de 16 anos, inclusive dentro das residências.
Um relatório divulgado nesta terça-feira (11) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que cerca de 10,5 milhões de crianças em todo o mundo estão envolvidas em trabalho doméstico na casa de outras pessoas, remunerado ou não. Em muitos casos realizam atividades perigosas e estão submetidas a condições análogas a escravidão.
Em referência ao Brasil, a OIT estima 250 mil trabalhadores domésticos infantis.
A seguir ouça o áudio da campanha do MPT, que pretende conscientizar a todos sobre a necessidade de mudança da sociedade frente a exploração de crianças e adolescentes.
De São Paulo, da Radioagência NP, Daniele Silveira.

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